segunda-feira, 20 de julho de 2009

IV ENEGeA - Encontro Nacional dos estudantes de Gestão Ambiental

Ocorrerá na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD),em Dourados - Mato Grosso do Sul, nos dias 30 e 31 de Julho e 01 e 02 de Agosto o IV ENEGeA -Encontro Nacional de Estudante de Gestão Ambiental. O evento será coordenado pelo CAFRAN – Centro Acadêmico Francisco Anselmo Gomes de Barros, acadêmicos do 6º Semestre da UFGD e pela CONEGeA – Coordenação Nacional dos Estudantes de Gestão Ambiental, com representantes de cursos de várias regiões.
O tema principal do encontro é o "Ensino em Gestão Ambiental: Interagindo e Conhecendo o Pantanal".
Também será amplamente discutida a criação de parâmetros para a construção e avaliação dos cursos de gestão ambiental, contribuindo para a qualidade do profissional formado.
Fonte : http://www.gestaoambiental-ufgd.blogspot.com

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia Mundial do Meio Ambiente: dica ecológica n.2

( Foi solicitada a coleta do resíduo ao lado, na Central 156, do Município de Curitiba)
Apesar dos bombardeios de informações diárias sobre questões relevantes ao meio ambiente, ainda é comum encontrarmos resíduos de vários tipos dispostos incorretamente ao lado de vias da metrólopole curitibana, mundialmente conhecida como exemplo de cidade ecológica.
Quais os principais problemas na disposição incorreta de resíduos tecnológicos?
Segundo a pesquisadora Angela Cássia Rodrigues, esse tipo de resíduo possui metais pesados, entre os componentes e a principal consequência seria a contaminação de solo e de lençóis freáticos.

"Os produtos elétricos e eletrônicos, em geral possuem vários módulos básicos. Os módulos básicos comuns a esses produtos são conjuntos/placas de circuitos impressos, cabos, cordões e fios, plásticos antichama, comutadores e disjuntores de mercúrio, equipamentos de visualização, como telas de tubos catódicos e telas de cristais líquidos, pilhas e acumuladores, meios de armazenamento de dados, dispositivos luminosos, condensadores, resistências e relês, sensores e conectores. As substâncias mais problemáticas do ponto de vista ambiental presentes nestes componentes são os metais pesados, como o mercúrio, chumbo, cádmio e cromo, gases de efeito estufa, as substâncias halogenadas, como os clorofluorocarbonetos (CFC), bifenilas policloradas (PCBs), cloreto de polivinila (PVC) e retardadores de chama bromados, bem como o amianto e o arsênio 8 (in Waste from electrical and electronic products - a survey of the contents of materials and hazardous substances in electric and electronic products - 1995 Conselho Nórdico de Ministros.)

De acordo com WWI-Worldwatch Institute / UMA-Universidade Livre da Mata Atlântica (2001), as indústrias de alta tecnologia, como as de computadores e eletrônica, também se globalizaram nos anos recentes. A despeito de sua reputação inicial relativamente “limpa”, essas indústrias representam hoje um custo extremamente pesado para o meio ambiente. O setor de semicondutores utiliza centenas de produtos químicos, inclusive arsênico, benzeno e cromo, todos reconhecidamente cancerígenos. Mais da metade de todo o setor de manufatura e montagem de computadores - processos intensivos no uso de ácidos, solventes e gases tóxicos - está hoje localizada em países em desenvolvimento, conforme a Coalizão de Tóxicos do Vale do Silício, sediada em San José, na Califórnia. A Globalização Pressiona a saúde do Planeta"
(Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos - Angela Cássia Rodrigues)

Na listagem abaixo constam empresas que coletam resíduos tecnológicos:

Faça a sua parte: disponha corretamente os resíduos tecnológicos. A natureza agradece!

Dia Mundial do Meio Ambiente: dica ecológica n.1

No dia Mundial do Meio Ambiente o Blog Questão Ambiental resolveu postar dicas ecológicas e fáceis de fazer em casa.
Na dica ecológica n. 1 sugerimos a confecção de sementeiras feitas de embalagens Tetrapak.

Material utilizado:



  • Caixas Tetrapak de suco, leite, etc;

  • Tesoura;

  • Balde para misturar terra e areia;

  • Pazinha de jardineiro;

  • Terra preta em uma proporção de 3/4;

  • Areia em uma proporção de 1/4;

  • Sementes de hortaliças, legumes, flores, etc;

  • Água para regar.



Sementeira de embalagem Tetrapak

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Entendendo a Agenda 21

Muito se houve falar sobre a Agenda 21, mas poucas pessoas sabem realmente o que ela é, quais as suas aplicações e os seus benefícios. Afinal o que é a Agenda 21? A agenda 21 um planejamento estratégico que visa o desenvolvimento sustentável, atendendo as prioridades de uma determinada população (desenvolvimento econômico, proteção do meio ambiente e justiça social). As formas de coordenação entre as secretarias e as esferas do governo municipal, estadual e federal, devem ficar atentas ao estabelecimento de uma visão de futuro a longo prazo. Deve-se trabalhar as potencialidades, os recursos disponíveis e as fragilidades, traçando, como em um planejamento estratégico, metas a curto, médio e longo prazo.
A Agenda 21 local desdobrou-se de uma Agenda 21 Global, que é um conjunto de compromissos voltados para a sobrevivência de toda a humanidade. Do compromisso firmado pelo Brasil surgiu a Agenda 21 Brasileira, num processo de elaboração que durou seis anos (1996 a 2002), na qual estivaram envolvidas 40 mil pessoas em todo o país. A partir de 2003 a Agenda 21 Brasileira entrou numa fase de implementação, sendo incluída no Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal e desdobrando-se em inúmeras outras Agendas 21 locais: dos estados, municípios, bacias hidrográficas, unidades de conservação, empresas, cidades, bairros, escolas, etc.

Segundo a cartilha do Ministério do Meio Ambiente sobre o passo a passo da Agenda 21 local há seis etapas para a elaboração da mesma:

1º Passo:
Mobilizar para Sensibilizar Governo e Sociedade

2º Passo:
Criar o Fórum da Agenda 21 Local

3º Passo:
Elaborar o Diagnóstico Participativo

4º Passo:
Elaborar Plano Local de Desenvolvimento Sustentável

5º. Passo:
Implementar o Plano Local de Desenvolvimento Sustentável

6º Passo:
Monitorar e Avaliar o Plano Local de Desenvolvimento Sustentável

Em suma, a Agenda 21 é um meio de gestão que auxilia as comunidades nos seguintes fatores: ranqueamento das principais dificuldades que as mesmas enfrentam, envolvimento da comunidade nas questões locais, é uma forma de obter recursos e atenção do poder público para as soluções dos problemas na região, fiscalização das tarefas empregadas nas questões da região (se as tarefas escolhidas são as ideais e se estão sendo corretamente empregadas), se os recursos utilizados estão sendo bem empregados, obtenção de justiça social, preservação dos recursos naturais e do meio ambiente, desenvolvimento sócio-ambiental da região de meio sustentável.

Se você quer saber mais ou divulgar ações adotadas na sua Agenda 21 local, o Ministério do Meio Ambiente está fazendo uma Chamada para envio e seleção de textos da 3ª edição da Revista Agenda 21 e Juventude até o dia 14/06/09. As publicações anteriores estão disponíveis no site do MMA.

Sites para consultas adicionais sobre a Agenda 21:

Agenda 21 Local

Ministério do Meio Ambiente

Ecol News

Eco Kids

Fontes:

Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais. Caderno de Formação - Volume 3: planejando a intervenção ambiental no município. Brasília: MMA, 2006.

Ministério do Meio Ambiente. Passo a passo da Agenda 21 Local. Disponível em http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=2587

terça-feira, 2 de junho de 2009

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terça-feira, 19 de maio de 2009

PIB versus Recursos Naturais



Desde 2007 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estabeleceu novas regras para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), que tem como base índices de diversos setores da economia.

Atualmente são computados índices de 56 atividades com 110 produtos. Esses índices juntos irão estabelecer o cálculo da oferta de produtos e serviços. Além disso, também é necessário o cálculo da demanda do povo brasileiro, que é estabelecida através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) juntamente com os movimentos como a exportação, importação e investimentos do País. Organizações não-governamentais, clubes e igrejas também participam desse cálculo.

A fórmula clássica para expressar o PIB de uma região é a seguinte:

PIB = C+I+G+X-M


Onde,
C é o consumo privado
I é o total de investimentos realizados
G representa gastos governamentais
X é o volume de exportações
M é o volume de importações

Mas a grande questão levantada por Ribeiro (2005) é que o PIB brasileiro não leva em conta os recursos naturais utilizados na produção de bens e serviços (oferta). Segundo a autora, o Produto Interno Bruto (PIB), quando superavitário, demonstra um crescimento ilusório das riquezas das economias, pois este índice não pode mensurar o real valor dos recursos naturais, já que os mesmos não podem ser mensurados economicamente, porém o esgotamento destes recursos deixa a nação mais pobre, ao contrário do que tem sido demonstrado nos cálculos anuais do PIB.

Recentemente uma equipe de pesquisadores da USP, produziu um trabalho intitulado Balanço das Nações, que visa a demonstração dos cenários, até 2050, de Balanços Patrimoniais Ambientais frente aos cenários de Mudanças Climáticas e Aquecimento Global apontados pelo Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC). Os resultados do estudo indicaram que somente o Brasil e a Rússia seriam superavitários em seus Balanços Patrimoniais Ambientais. Estados Unidos e China possuiriam as piores previsões deficitárias.
"A pesquisa se dividiu em três fases. Na primeira, os saldos residuais de carbono de cada país foram apurados e convertidos para o valor em dólares. Em seguida, o PIB de cada nação foi transformado em unidades equivalentes per capita de número de habitantes e de consumo médio de energia em TEP (tonelada equivalente de petróleo). A última etapa consistiu no fechamento dos balanços contábeis dos países pela técnica de balanço perguntado, um levantamento das informações a partir de questionário que permite diagnosticar a situação financeira. Após essa fase, os pesquisadores utilizaram a fórmula padrão da contabilidade: ativo menos passivo igual a patrimônio líquido. O ativo foi representado pelo PIB equivalente em dólares per capita; o passivo, pela obrigação ambiental de cada cidadão na meta de redução de carbono; e o patrimônio líquido diz respeito ao saldo residual - superavitário ou deficitário - de cada cidadão ou país em relação às outras nações". (PIB verde pode ser tornar uma realidade - Maria do Socorro Mendonça)
Para Sérgio Bessermann Vianna, há uma dificuldade de mensurar os recursos naturais no PIB e ele diz que uma das soluções seria a elaboração do PIB Verde, contabilizando todos os bens e serviços públicos, em valores não monetários, como a quantidade de água potável ou o tamanho das áreas verdes de uma cidade.


Fontes:

KASSAI, J.R.; BARBIERI, R.F.; et al. Balanço das Nações: uma reflexão sob o cenário das mudanças climáticas. Disponível em http://www.ecodesenvolvimento.org.br/artigos/balanco-das-nacoes-uma-reflexao-sob-o-cenario-das-1
MENDONÇA, M. S. PIB verde pode se tornar uma realidade. Disponível em http://www.acaoilheus.org/news/504-pib-verde-pode-se-tornar-uma-realidade

RIBEIRO, M. S. Contabilidade Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2005.